Atualmente, vivemos em um mundo, onde a aparência conta muito. Somente, quem é magro é considerado bonito e, em razão desse modelo cultural, vem crescendo, consideravelmente, o número de casos de transtornos alimentares. O presente estudo identificou a rede de apoio social de meninas adolescentes com transtornos alimentares. O objetivo foi de verificar a importância da rede de apoio social, no tratamento dos transtornos alimentares. Para a realização desta pesquisa, o delineamento utilizado foi qualitativo e para a coleta de dados, utilizou-se a entrevista semiestruturada, com três adolescentes (de 10 a 19 anos) que, já, deveriam ter sido diagnosticadas por algum profissional da área da saúde. As entrevistas foram gravadas e transcritas e foi utilizado o método de análise de conteúdo, para a análise das mesmas. Os resultados obtidos mostram que a rede de apoio às adolescentes é fraca, dificultando uma melhora na sintomatologia. As adolescentes consideram essa rede de apoio boa, mas não souberam justificar, porém todas relataram que achavam que a rede poderia ser composta por mais pessoas. Verificou-se, também, uma sobrecarga nos integrantes da rede, fatos estes que interferem, diretamente, nos tratamentos das entrevistadas. A família tem um papel importante no tratamento dos transtornos alimentares, mas todas as adolescentes demonstraram ter dificuldades, em se relacionar com qualquer membro da família, motivo este que foi o precursor dos distúrbios.
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Souza, Marjane Bernardy et al.. Adolescentes com transtornos alimentares: A rede de apoio social. Revista Ciência & Conhecimento, vol. 8, 2014, p. 20-37.